
O Rio Grande do Norte mantém superávit nas exportações mesmo com a desaceleração econômica mundial. De acordo com a analista de mercado do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Jéssica Barros, o mercado de exportação frutífera do estado teve o crescimento impulsionado pela alta do dólar, um bom inverno e uma safra generosa, que estimulou os produtores a focar no mercado internacional. As declarações foram feitas durante entrevista concedida à TV Tropical, nesta sexta-feira (24).
A analista explicou que “a exportação no estado já tem um potencial natural devido a solo, clima, ect. Ela também se manteve estável e até um pouco mais acentuada pela procura do mercado europeu por produtos potiguares, principalmente a fruticultura. Isso fez com que o RN conseguisse se manter bem mesmo quando o Brasil e outros estados do Nordeste tiveram queda nas exportações”.
De acordo com o Sebrae, as exportações do melão fresco tiveram um aumento de quase 65% em comparação com o ano anterior, saindo de US$ 70,9 milhões em 2018 para US$ 116,9 milhões em 2019, como resultado da remessa de 186,7 mil toneladas de melão para o exterior – 78,6 mil toneladas a mais que em 2018, quando o estado exportou pouco mais de 108 mil toneladas da fruta. Hoje, a fruta é responsável, sozinha, por quase 30% de produtos exportados do RN.
O segundo produto mais exportado é a melancia, que, de acordo com Jéssica Barros teve “um grande destaque, pois sempre aparece na pauta dos produtos mais exportados do estado, mas nunca com essa relevância”. “Ela superou o sal e a castanha, que são produtos que exportamos sempre e em grandes quantidades, isso porque duplicou a demanda internacional de 2018 para 2019, saindo de US$ 15 milhões, para US$ 33 milhões”, disse.
Por fim, a analista falou sobre as expectativas para 2020. “O melão do RN já é muito forte no mercado internacional, nós temos uma identidade geográfica com o melão de mossoró. Então as expectativas com essa parceria com a China é que as exportações consigam crescer ainda mais”. Ela ainda ressaltou que “o valor do dólar e uma boa logística também irão influenciar nesse desenvolvimento”.
Fonte: Portal da Tropical