
Açudes do Rio Grande do Norte ganham volume de água após as chuvas do ínicio do ano e alguns já superam a marca do mesmo período do ano passado. Relatório do Instituto de Gestão das Águas (Igarn) apresenta a situação dos 47 reservatórios com capacitdade superior a 5 milhões de metros cúbicos. Divulgado nesta segunda-feira (27), o relatório indica que a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior manancial do estado, acumula 537.608.759 m³, ou seja, 22,65% do seu volume total. No mesmo período de 2019, o reservatório estava com 484.475.200 m³, somente, 20,19% da sua capacidade.
Auricelio Costa, diretor-presidente do Igarn “As chuvas que ocorreram na primeira quinzena de janeiro ajudaram a levar águas para alguns reservatórios como, por exemplo, o Marechal Dutra, conhecido como Gargalheiras, que estava seco e chegou aos 7% de armazenamento, e o Santa Cruz do Trairi, que também estava seco e chegou a mais de 5% da sua capacidade.
O mesmo não ocorreu com o segundo maior reservatório do estado, Santa Cruz do Apodi, com capacidade para 599.712.000 m³, atualmente está acumulando 111.074.618 m³, percentualmente, 18,52% da sua capacidade. Em janeiro do ano passado, estava com mais volume 132.484.526 m³, o que representava 22,09% do seu volume total. Apesar dessa perda, Auricélio Costa, diretor-presidente do Igarn, ressalva que “a quadra chuvosa tem seu início efetivo somente em meados de fevereiro”.
Quando comparado ao ano anterior, Umari também não atingiu o mesmo índice de elevação, está acumulando 83.566.080 m³, percentualmente, 28,54% do seu volume total, enquanto em 2019, acumulava 100.155.422 m³, o que representava 34,20% da sua capacidade total.
Dos 47 reservatórios monitorados pelo Igarn, 12 estão com níveis inferiores a 10% da sua capacidade total, 25% dos mananciais. Já os secos são 6, em porcentagem, 12% dos reservatórios. No mesmo período do ano passado, oito reservatórios estavam em nível de alerta e outros oito estavam secos. Auricélio faz uma estimativa para o acúmulo de água se a quadra chuvosa for normal. “Com as recentes previsões da Emparn de um inverno normal ou até um pouco acima do normal, esperamos chegar a um volume próximo dos 40% das reservas esse ano. Com melhores reservas hídricas, a tendência é um ano ainda melhor nas questões que envolvem o abastecimento tanto para as populações quanto para as produções,” explica, Auricélio.
Os reservatórios com níveis inferiores a 10% são: Bonito II, localizado em São Miguel; Jesus, Maria, José, em Tenente Ananias; Lucrécia, localizado no município de Lucrécia; Malhada Vermelha, em Severiano Melo; Zangalheiras, em Jardim do Seridó; Marechal Dutra (Gargalheiras), em Acari; Passagem das Traíras, em São José do Seridó; Itans, em Caicó; Esguicho, em Ouro Branco; Cruzeta, localizado na cidade de Cruzeta; Dourado, em Currais Novos; e Santa Cruz do Trairi, em Santa Cruz.
Já os secos são: Santana, localizado em Rafael Fernandes; Pau dos Ferros, localizado em Pau dos Ferros; Pilões, localizado no município de Pilões; Inharé, em Santa Cruz; Trairi, em Tangará e Japi II, em São José do Campestre.
O acumulado das reservas superficiais totais atualmente é de 960.374.486 m³, dos 4.376.444.842 de metros cúbicos que as Bacias estaduais conseguem armazenar, em termos percentuais, 21,94%. Em um comparativo com o mesmo período de 2019 o acumulado total superficial estadual era de 940.815.907 m³, em termos percentuais, este número correspondia a 21,49%. Se as perspectivas de chuva se concretizarem, o RN terá uma reserva capaz de interromper o ciclo de seca, conforme explica o diretor da Igarn, “é possível atravessar o ano e chegar à quadra chuvosa de 2021 com tranquilidade no abastecimento das cidades e para as produções”.
Fonte: Portal da Tropical